São Paulo e WTorre decidem que Morumbi terá gramado natural após reforma e discutem cobertura

Em uma decisão que moldará o futuro do Estádio do Morumbi, o São Paulo Futebol Clube e a construtora WTorre resolveram manter o gramado natural, rejeitando a instalação de grama sintética. Este consenso surge em meio a intensas discussões sobre a reforma do estádio, que têm ocorrido semanalmente. A previsão é que o projeto seja entregue ainda este ano, com finalização completa esperada para 2030, ano do centenário do clube.

A manutenção do gramado natural no Morumbi, uma posição firmemente defendida pelo São Paulo, foi um dos principais pontos discutidos com a WTorre. Segundo o diretor de marketing do clube, Eduardo Toni, a decisão foi ratificada durante as últimas reuniões entre as partes.

“Temos feito reuniões semanais com a WTorre, evoluído em aspectos de camarote, área de entorno. Hoje, temos algumas possibilidades ainda a serem definidas, principalmente no aspecto de cobertura. A cobertura tem um impacto muito importante, porque vamos manter o gramado natural”, afirmou Toni.

Atualmente, as discussões se concentram na cobertura do estádio. Embora a tendência seja cobrir o Morumbi, detalhes específicos ainda estão sendo analisados, conforme explica o dirigente.

“Se cobre 100%, se é retrátil, até onde vai ser retrátil… É uma relação de custo-benefício. Estamos fazendo todas essas análises, porque impacta em tudo, até no valor que vamos poder oferecer a cadeira”, detalhou Toni.

O projeto, que começou a ser debatido em dezembro do ano passado, possui uma estimativa de custo inicial de cerca de R$ 800 milhões, valor que será arrecadado pela WTorre, sem custos adicionais para o São Paulo.

Além da manutenção do gramado natural, o Morumbi reformado contará com mais de 200 camarotes, embora o número exato ainda não tenha sido definido. O plano também inclui um anfiteatro modular com capacidade para 20 mil pessoas e um estacionamento para dois mil veículos.

A reforma do Morumbi visa não apenas modernizar o estádio, mas também assegurar que ele continue sendo um dos principais palcos do futebol brasileiro, alinhando-se às expectativas dos torcedores e às exigências de um mercado cada vez mais competitivo. A entrega do projeto final está prevista para 2030, celebrando os 100 anos do São Paulo Futebol Clube.