O até então treinador do São Paulo Futebol Clube, deixa o cargo e aceita treinar a seleção brasileira. O anúncio oficial tanto da CBF quanto do clube, deve acontecer no decorrer desta semana.
Valeria a pena o técnico sair de um trabalho sólido, no qual acabou de ser campeão pelo clube, para treinar a tão bagunçada seleção? Entenda o caso em:
Ednaldo assumiu a presidencia da CBF em agosto de 2021, no lugar de Rogerio Caboclo, presidente eleito em 2017 e que tinha mandato em vigor até 2023. Acontece que Caboclo foi afastado por causa de denúncia de assédio moral e sexual a uma funcionária da da entidade e Ednaldo teve o apoio de 23 das 27 federações estaduais para concluir o mandato de Caboclo.
Porém, durante o seu mandato, Ednaldo tentou acabar com uma ação de 2015 que estava parada na Justiça. Nela, os clubes das Séries A e B pediam direito a voto na presidência da CBF. Ednaldo entrou em “acordo” com o Ministério Público para encerrar a questão propondo a possibilidade de novas mudanças favoráveis aos clubes e contou com apoio dos clubes.
Era o ano 2022 e Ednaldo propôs antecipar a eleição. Assim aconteceu. E ele foi eleito para um mandato de 2022 a 2026. Contudo, os vices eleitos para o período de 2017 a 2023 na gestão Caboclo contestaram e alegaram que perderam um ano de mandato e foram à Justiça. Esta contestação, teve parecer favorável do Tribunal de Justiça (7/12). O Tribunal considerou que o Ministério Público não tinha legalidade para fazer tal acordo.
De acordo com a Lei Pelé ( Lei que rege o futebol brasileiro), e já que o Tribunal alegou que o MP não tinha legitimidade para julgar o caso e fazer o acordo com Ednaldo, a eleição antecipada foi cancelada e Edinaldo estava fora da presidencia da entidade. Foi nomeado um interventor, o presidente do STJD, José Perdiz.
Mas no dia 04/01/2024 aconteceu outro desenrrolar da história. O Ministro Gilmar Mendes expediu uma liminar para reconduzir Edinaldo Rodrigues novamente ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol:
Gilmar determinou a suspensão da eficácia de determinações judiciais que “porventura tenham afirmado a ilegitimidade do Ministério Público em causas referentes às entidades desportivas e à prática do desporto no País”.
Acontece que meio a tudo isso há o recesso do Judiciário no Brasil e tudodos os recursos estão parados até o mês de fevereiro. Mas e após as atividades dos tribunais se normalizarem? O presidente da CBF continuará no cargo? Se não continuar, Dorival Junior permanece como treinador da Seleção?
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