OPINIÃO
Fortaleza e Sport Recife jogaram ontem e empataram em jogo válido pela Copa do Nordeste. Acontece que ninguém se importou com o resultado. O que aconteceu é o que acontece no Brasil todo e em outros países: está normalizado que parte dos torcedores arremesse bombas, pedras e outros objetos no ônibus onde estão os jogadores da equipe adversária.
Neste caso, os jogadores do Fortaleza foram atacados por parte da “torcida do Sport Recife”, e muitos jogadores do Fortaleza foram parar no hospital com ferimentos graves.
O Brasil é um dos países em que, quase todos os estados, não permitem mais jogos com duas torcidas adversárias juntas, e, para muitos, isto é um absurdo.
Depois do ocorrido, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol foi até a CBF propor a medida de torcida única em todos os jogos realizados no país durante o período de um ano.
“Eu sou a favor de torcida única e não apenas nos jogos daqui (de Pernambuco), mas em todos os jogos no Brasil, pelo menos por um ano. Para servir de alerta e modelo para fazer com que o torcedor de bem consiga se impor perante esses marginais que são uma minoria”
, afirmou em entrevista o presidente da FPF.
Em janeiro, Evandro Carvalho, por meio de ato administrativo, chegou a determinar torcida única nos clássicos de Pernambuco, após serem registradas várias cenas de violência nas ruas do Recife e Região Metropolitana no dia do jogo entre Sport e Santa Cruz pelo Estadual.
Porém, a medida caiu três dias depois, após o Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco acatar uma ação enviada pelas diretorias de Sport, Náutico e Santa Cruz, que solicitavam a presença de torcidas mistas nos jogos entre as equipes.
Acontece que, em pleno ano de 2024, ninguém admite mais esse tipo de violência. Isso é uma total falta de capacidade de viver em sociedade.
Ao longo dos anos, torcedores tendo atos de violência nas ruas, locais públicos, eram vistos como comportamentos onde a emoção dos jogos e o amor pelo seu time do coração justificavam tais atos.
Esse tipo de “justificativa” e “comportamento” só irá acabar quando as leis brasileiras forem rígidas e houver punição a esses marginais que se dizem torcedores, de forma exemplar, aplicando penas duras e sem direito a fiança.
O cidadão de bem é que tem o direito de sair de sua casa e ir acompanhar o seu time do coração, e não ser obrigado a assistir futebol somente no sofá de casa, por medo da violência imposta por esse bando de bandidos que estão uniformizados de torcedores
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